A expedição fotográfica de Christoph Albert Frisch à Amazônia e a Exposição Universal de Paris em 1867
Palavras-chave:
Amazônia, fotografia, expedição, colonialismo, estereótiposResumo
O presente artigo trata das fotografias resultantes da expedição realizada por Christoph Albert Frisch (1840 – 1918) na extensão brasileira do rio Solimões em 1867. Na lógica da geopolítica do conhecimento colonialista, a hierarquização racial dos povos colonizados, sustentada por meio de estereótipos que fixavam identidades e opunham culturas, inspiraram a construção de representações e imagens que contrastavam o exotismo da fauna, flora e sociedade amazônica com os projetos urbanos modernizantes europeus e seu modus vivendi. Tais representações que aparecem nas fotografias amazônicas de Frisch reverberaram na Exposição Universal de Paris, em 1867, onde foram premiadas, criando uma narrativa visual que projetava o território Amazônico como fornecedora de matérias-primas, buscando investimentos estrangeiros e exploração econômica daquela região, enaltecendo o exotismo e as ausências de elementos civilizatórios da sociedade capitalista justificando projetos de poder .
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Anais do Museu Histórico Nacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.