Pelo resgate da memória dos "desviantes" de gênero
um relato pessoal provocador ao campo da Museologia LGBTQIA+
Palavras-chave:
Rogéria, Marquesa, Travesti, Paris, VulnerabilidadeResumo
Este artigo busca provocar o campo da chamada Museologia LGBTQIA+ para que se fomente o resgate e a pesquisa das memórias do coletivo de travestis e transexuais brasileiras que se submeteram, voluntariamente, aos primeiros experimentos no tocante à “subversão” do gênero que lhes foi atribuído por ocasião de seu nascimento. Aqui, o recorte visa pessoas nascidas sob o gênero masculino. Minha forte amizade com as três personagens centrais que aqui trago – Rogéria, Daniela e Marquesa - é a fonte para meus relatos e análises. Esta decisão se deve à preocupação em trazer aspectos de suas biografias que fogem ao lugar comum e podem lançar luz sobre questões relevantes, como classe, raça e gênero a partir da década de 1960 no Rio de Janeiro e na Europa, alguns anos depois. Suas biografias atravessam cinco décadas, mas revelam temas que perpassam gerações, como preconceito, discriminação, pobreza, abjeção, precariedade e vulnerabilidade social.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Anais do Museu Histórico Nacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.