Saberes locais e a formação de coleções de história natural nas expedições científicas do oitocentos

Autores

  • Anderson Pereira Antunes

Palavras-chave:

circulação, expedições, coleções de história natural, século XIX, decolonial

Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar como saberes locais contribuíram para a formação das coleções de História Natural reunidas durante algumas das expedições científicas estrangeiras que percorreram o Brasil durante a segunda metade do século XIX. A historiografia recente sobre as viagens científicas demonstrou a importância da sociabilidade para a realização destas expedições, destacando o caráter social envolvido com o trabalho naturalista de campo. A partir das interações com as populações locais, os viajantes não só conseguiam o apoio logístico necessário para a movimentação em regiões pouco conhecidas, mas também reuniam informações importantes sobre os hábitos e habitats de espécies animais e vegetais, incluindo seus usos econômicos e medicinais. Além disso, indígenas, escravizados e ribeirinhos, dentre outros, contribuíram com a coleta e a preparação dos espécimes que formaram as coleções levadas para os museus de História Natural nos Estados Unidos e na Europa, principalmente. Ao longo deste artigo analisaremos exemplos destas contribuições retirados dos livros de viagem publicados por naturalistas como Henry Bates, Alfred Wallace e Louis Agassiz. 

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Publicado

2022-01-25

Edição

Seção

Dossiê temático