Os centenários
7 de Setembro e 2 de Julho na Bahia, Brasil (1922-1923)
Palavras-chave:
Dois de Julho, Cortejo cívico, Exposição de produtos baianosResumo
O dia 2 de Julho na Bahia se reveste de características especiais na capital, cidade do Salvador e em cidades do Recôncavo Baiano até os dias atuais. À luz de notícias de jornais, comentam-se os fatos históricos que o tornam relembrado e festejado, e os discursos que de modo inequívoco o distinguem do 7 de Setembro em se tratando da Independência do Brasil. Com esse objetivo, esse artigo se inicia com os argumentos contrapostos entre os dois eventos na década de 1920 e, em particular, em 1922 e 1923, segue com um painel das lutas na Bahia responsáveis pela expulsão dos portugueses em 1823, cujo trajeto foi apropriado em cortejo cívico oficial que percorre os bairros da Lapinha ao Campo Grande, acompanhado efusivamente por populares. Embora as duas datas — a do setembro nacional e a de julho regional — fossem festejadas competindo simbolicamente, houve a expectativa de que o 2 de Julho fosse comemorado em todo o país. Finaliza-se com a mostra de produtos em 1923 no bojo do Programa do Centenário da Redenção da Bahia, a fim de demonstrar a pujança produtiva da Bahia.