Modelo familiar tradicional e novas famílias nos museus
uma proposta de decolonização da matriz vigente no Museu Imperial e no campo museológico
Palavras-chave:
Novas Famílias, família tradicional, Museologia LGBTQIA+, Museu Imperial, museusResumo
Os desenhos de família vêm passando por transformações diversas, dadas as mudanças ocorridas na sociedade. As ciências sociais, o direito e a sociedade como um todo acompanham tais transformações. Contudo, a museologia ainda não contempla os novos arranjos familiares, sendo, basicamente, pautada em uma abordagem confluente com a heterossexualidade compulsória. Nesse sentido, questiona-se: quais as principais barreiras encontradas pelos novos arranjos familiares para serem representados nos museus do Brasil e a relação que possuem com a representatividade cis-heteronormativa da família imperial do país? A partir dessa problemática, este artigo apresenta uma revisão sistemática de literatura, com abordagem dedutiva, e tem por hipótese que os museus e o pensamento museológico seguem presos ao modelo patriarcal, cisgênero e heterossexual de família. Além disso, identifica que essa família idealizada encabeçada por homens é, também, permeada por critérios de cor e classe. O trabalho conclui que os museus do Brasil refletem as ideias predominantes da sociedade, pretérita e atual, o que exige uma reconstrução e ressignificação constante a
respeito dos novos arranjos familiares.
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