Do colonialismo à autonarrativa

a concepção de um museu pelo povo Memortumré-Canela

Autores

Palavras-chave:

Museus, Acervos Indígenas, Povos indígenas, antropologia, Museologia Social

Resumo

Por muito tempo, os museus representaram as culturas indígenas de forma estereotipada, tratando-as como exóticas e estáticas. Contudo, com o fortalecimento das lutas por autonomia e autoafirmação étnica, os povos indígenas vêm ressignificando os museus como espaços de protagonismo e autonarrativas. Com base em considerações sobre os museus indígenas, este artigo apresenta um caso particular de concepção de um museu em curso, proposto pelo povo Memortumré-Canela (também conhecido como Ramkokamekrá-Canela), localizado no Maranhão. Para tanto, utilizam-se informações bibliográficas, dados etnográficos e uma entre
vista centrada nas experiências e anseios de Oziel Irongukrê Canela, liderança indígena, que ressalta a importância da preservação dos objetos de sua comunidade. A discussão se insere no campo interdisciplinar entre Antropologia e Museologia Social, refletindo sobre os processos simbólicos de indigenização dos museus e suas implicações na construção de memórias coletivas.

Biografia do Autor

Maria Luiza Lucas dos Santos, UFRGS/doutoranda

Bacharel em Biblioteconomia pela UnB (2014), Mestre em Educação pela Unemat (2020), Doutoranda em
Educação pela UFRGS (2022). Estudante de graduação do curso Letras Português e Inglês da Universidade
Senac (2023). E-mail: marialuiza1992s@gmail.com . Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5770-7646.

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Publicado

2025-12-04

Edição

Seção

Dossiê temático 2