“Quem me navega é o mar”
pesquisas colaborativas em museus, memórias de encontros e trocas transatlânticas
Palavras-chave:
Museologia colaborativa, coleções, pesquisa intercultural, Brasil, FrançaResumo
O artigo enfoca projetos de pesquisa colaborativa, impulsionados por demandas indígenas, e questiona seus impactos sobre o funcionamento das instituições museológicas e as metodologias de pesquisa. Baseia- -se nas oficinas e encontros realizados no âmbito de três projetos que envolveram museus franceses e brasileiros, em particular o projeto Colam, que reuniu pesquisadores indígenas e não indígenas para realizar ações de reconhecimento, identificação, documentação e exposição de objetos oriundos de coleções etnográficas. As diversas edições do projeto, realizadas alternadamente em cada lado do Atlântico, assim como as experiências conduzidas pelos programas MAR e Ocara, evidenciam que a instituição museu constitui um parceiro de grande interesse para as comunidades indígenas. Em paralelo, para se transformar, o museu deve questionar e rever as metodologias de investigação e os protocolos de conservação e incorporação de acervos, com base nas demandas, na experiência e nas orientações ameríndias. O artigo discute as principais características que emergem dessas trocas de saberes, ricas em muitos aspectos, especialmente no que diz respeito à interculturalidade.
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