Documento Final do II Fórum Nacional de Museus Indígenas (2016)
Rede Indígena de Memória e Museologia Social
Palavras-chave:
Museus Indígenas, Redes de Memória, Museologia Indígena, Políticas Museológicas, Descolonização de MuseusResumo
A Rede Indígena de Memória e Museologia Social foi fundada em dezembro de 2014, na cidade do Recife/PE, como uma instância de articulação, formação e troca de experiências, reunindo processos museológicos e museus indígenas, iniciativas que primam pela diversidade e a gestão indígena do patrimônio, dos territórios e conhecimentos tradicionais. Além de inúmeros encontros locais, regionais e estaduais, a culminância do processo de mobilização nacional em torno do debate sobre memória e políticas museológicas por parte da Rede foi a realização das três edições do Fórum Nacional de Museus Indígenas, em 2015 (CE), 2016 (PE) e 2017 (PI). Estes encontros multiétnicos objetivaram a articulação, a socialização dos trabalhos feitos nos territórios, a formação em rede, a ação coletiva e o diálogo sobre as políticas públicas para a memória indígena. O II Fórum Nacional de Museus Indígenas, realizado conjuntamente com o III Encontro de Museus Indígenas em Pernambuco, aconteceu de 15 a 20 de agosto de 2016, na aldeia Mina Grande do povo Kapinawá (Buíque/ Pernambuco), contando com a participação de indivíduos e coletividades de dezessete estados brasileiros, pertencentes a 29 povos. O Documento Final do encontro traça uma análise traduzida em perspectivas de atuação frente ao contexto de crise política do país, sistematizando um conjunto de propostas de auto-organização e diretrizes estratégicas para políticas públicas de valorização da diversidade étnica e do direito à memória. Essas propostas constituíram o resultado do acúmulo de anos de discussões, interlocuções e aprendizados coletivos, condensando o amadurecimento de uma pauta própria de parcela do movimento indígena e indigenista para o campo museológico e patrimonial. Considerando o contexto em que estas proposições foram formuladas (entre 2014 e 2017), período caracterizado pela crise de governabilidade, descontinuidade das políticas museológicas e ruptura das pactuações em curso nos anos anteriores, essa agenda propositiva tem um potencial significativo de alimentar novos debates e embates, no diálogo entre Estado, sociedade civil, movimentos indígenas e experiências articuladas em torno da Rede Indígena de Memória e Museologia Social.
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