Sexualidade, gênero, raça e classe no Instituto Brasileiro de Museus (Ibram):

por uma guinada queer interseccional e decolonial (texto base para o dossiê "Memória, Museologia LGBTQIA+ e Museus Nacionais")

Autores

Palavras-chave:

Interseccionalidade, Teoria Queer, Decolonialidade, Museologia, Instituto Brasileiro de Museus

Resumo

Este artigo apresenta os resultados da investigação realizada pelo grupo de pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq) sobre da matriz de sexualidade e suas intersecções em gênero, raça/cor/etnia e classe vigente em trinta unidades museológicas do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A partir de uma análise Queer orientada pela interseccionalidade, propõe-se uma leitura decolonial interessada em provocar políticas públicas comprometidas com uma museologia que supere a matriz heterossexual, cis, máscula, branca e elitista que vigora nos museus da autarquia.

Biografia do Autor

Jean Baptista, Universidade Federal de Sergipe

Docente do bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Sergipe e do Programa de PósGraduação em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT). Pós-doutor pelo Institute for Gender, Sexuality and Feminist Studies (IGSF-McGill University, Montreal, Canadá, 2019). Doutor (2007) e mestre (2004) em História Ibero-americana, além de bacharel e licenciado em História (2001) pela PUCRS. Integra o Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq), a Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia Social e a Rede de Historiadores(as) LGBTQIAP+. Indígena em retomada e gay, nascido e criado nas periferias de Porto Alegre. E-mail: jeantb@hotmail.com.

Tony Boita, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Comunicação (2022), Mestre em Antropologia (2017) e Bacharel em Museologia (2015) pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Especialista em Gestão Cultural (2019) e Psicanálise (2023). É Museólogo e Psicanalista. Entre os anos de 2018 a 2022, foi diretor dos museus Ibram de Goiás (Museu das Bandeiras, Museu Casa da Princesa e Museu Sacro da Boa Morte). Docente do Departamento de Museologia da Universidade Federal de Sergipe, pesquisador do Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq) e integrante da Rede LGBT+ de Memória e Museologia Social . Nascido em comunidade ribeirinha, no Vale do Araguaia, e criado na periferia de Porto Alegre. É gay e autista.

Geanine Vargas Escobar, Universidade de Aveiro (UA) e Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)

Doutoranda em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro (UA) e Doutoranda em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT). Especialista em Estudos Culturais - Comunicação e Cultura (UA/UMINHO). Conservadora-Restauradora de Bens Culturais e Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). É Coordenadora do Grupo de Estudos "Sociomuseologia, Género, Raça e Classe" (Somus-Interseccional) no âmbito da Cátedra UNESCO Educação, Cidadania e Diversidade Cultural. Integra o Projeto “Género e Performance” (GECE) do Centro de Línguas, Literaturas e Culturas (CLLC-UA) e a Rede LGBT+ de Memória e Museologia Social. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq). É co-fundadora do Coletivo Zanele Muholi de Lésbicas e Bissexuais Negras (Lisboa, PT), membro do Coletivo Epifania e co-coordenadora do Núcleo de Curadoria e SocioMuseologia do Coletivo EPF (Porto, PT). Nascida no estado do Rio Grande do Sul, e criada na Vila Urlândia, periferia de Santa Maria. É lésbica negra, ativista-acadêmica, curadora, produtora cultural e audiodescritora. 

Caio de Souza Tedesco, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em História na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGH/UFRGS), mestre (2022) e licenciado (2019) em História pela mesma Universidade. Transativista, curador, professor de história e pesquisador. Integra o CLOSE - Centro de Referência da História LGBTQIAP+ do Rio Grande do Sul (@close.historia), o GENHI - Grupo de Estudos e Pesquisa de Gênero e História do IFCH/UFRGS, a Rede de Historiadores(as) LGBTQIAP+ e a Rede LGBT de Memória e Museologia Social e o Coletivo Homens Trans em Ação (HTA). É pesquisador do Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq). Homem trans, bissexual, endossexo, branco e da classe trabalhadora. Pronomes: ele/dele. 

Marta Quintiliano, Universidade Federal de Goiás

Doutoranda em Antropologia Social, mestre em Antropologia (2019), bacharel em Relações Públicas (2014) e acadêmica em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás. É pesquisador do Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq). É presidenta da Associação Quilombola Vó Rita, membra da Coletiva de Mulheres Indígenas e Negras Quilombola. Mulher, preta e quilombola do Quilombo Vó Rita. 

Lucas Ribeiro, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Acadêmico em Museologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), oriundo da Comunidade Tradicional Quilombola Limoeiro, Entre Rios, Bahia, Membro do Movimento Negro Unificado (MNU), Membro do Movimento Nacional dos Estudantes Quilombolas (MOVNEQ), Secretário Nacional  LGBTQIA+ da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e idealizador da Rede Museologia Kilimbola e da  Medalha Pela Reparação da Memória Negra da Museologia Neyde Gomes de Oliveira, Homenagem a Primeira Museóloga Negra do Brasil. É pesquisador do Grupo de Pesquisa Museologia e Sexualidade (MusaSex/CNPq). 

Downloads

Publicado

2023-06-21

Edição

Seção

Dossiê temático 3 - Parte 1