Experiências em museologia decolonial na temática indígena
a exposição Memória e resistência no Museu de História Julio de Castilhos
Palavras-chave:
Museus, curadoria colaborativa, Povos indígenas, Decolonialidade, ExposiçãoResumo
Criado sob a égide da Era dos Museus, o Museu de História Julio de Castilhos surge em 1903, sendo a primeira instituição museal do período republicano brasileiro. Seu acervo etnológico é uma das mais numerosas dentre as suas 31 coleções. Porém, em sua trajetória, a temática indígena foi negligenciada e tratada a partir de premissas coloniais. Desde 2019, a exposição Memória e Resistência apresenta esta temática como a principal mostra do Museu, com a produção de narrativas voltadas a visibilizar a cultura e a cosmologia indígena, com curadoria colaborativa com os povos Mbyá-Guarani e Kaingang. Este artigo propõe a analisar o reposicionamento discursivo do MHJC sobre os povos indígenas a partir de teorias decoloniais e a potência das ações compartilhadas com aldeias da região metropolitana de Porto Alegre. Parte-se de uma análise teórica e depois dos diversos ciclos da exposição, em diálogo com a crítica decolonial nas áreas da história, antropologia e museologia.
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